sexta-feira, 10 de junho de 2011

...



Quando termina o êxtase da louca,
A canseira faz repousar ossos e mente.
Depois basta esperar pela morte...




By: Camilinha!! :)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Complexo



Estou tentando me conhecer.
Já faz muito tempo que estou assim:
Com essa fome louca de você,
E esquecendo de mim.

Sinto tudo de uma só vez.
Como posso me libertar?
Alguém pode me dizer:
Por que não paro de pensar?

Eu penso sobre mundo,
E sobre as estranhas maneiras de viver.
Sempre vou muito fundo,
Em coisas que não gostaria de entender.

Tento esquecer de tudo
Para não morrer depressa.
Pulo, bato,grito, mudo...
Falo o que não interessa!

Minha cabeça está sobre a parede,
E minhas mãos “acompanham ela”
Preciso de água para matar minha sede.
Pensei que fosse rio esta janela...

Como está frio aqui dentro!
Mas afinal, onde eu estou?
No futuro de um outro tempo,
Onde mais nada me restou.

Que pensamentos são esses agora?
Ai meu Deus que confusão!
Destruam  a caixa de Pandora,
E me devolvam a mansidão.

Já não quero mais.
Chega para mim!
É muita coisa para um pobre rapaz
E são coisas sem fim...

Melhor parar com este poema
Já estou sofrendo demais!
E criei mais um problema:
De não querer viver mais...


By: Camilinha!! :)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Nosso eterno mistério



Estranho como nó seres humanos, ainda não conseguimos responder a uma pequena, porém filosófica, pergunta: “Quem somos nós?”.  Quando esta pergunta surge, automaticamente podemos dizer nosso nome, nossa profissão, religião, não sei. Mas nada disso diz quem eu sou de verdade. Porque nada disso nasceu comigo. Foram coisas que surgiram depois. O que eu visto, o que eu como, os lugares que eu freqüento, os meus amigos, meus hábitos, dizem muito sobre mim, mas não dizem quem sou eu.
Todo mundo e todas as coisas ao meu redor, refletem um pouco da minha personalidade e eu, como fruto deste meio, também reflito aquilo que ele me oferece. E será que ainda assim eu continuo sendo eu, ou eu passo a ser igual aos outros “eus” que dividem este mesmo espaço comigo?
            Embora muito de nós seja parte da televisão, da revista, da música, do horóscopo (para quem acredita), dos livros, do trabalho e de tudo mais que compõe nossa vida, ainda acredito que a essência esteja bem guardada em nosso interior e se pararmos e esquecermos todas estas leis cotidianas conseguiremos perceber quem somos de verdade e a quê viemos.
Mas ninguém pode parar. Até que a morte chega de surpresa e no último instante seja preciso um tempo a mais para fazer coisas que ainda não foram feitas, falar com pessoas que há muito já se afastaram pela falta de tempo, conhecer pessoas novas, e viver um pouco mais. Neste ponto, pode-se ter descoberto a essência da vida, mas já é tarde demais para reproduzí-la para o restante da espécie humana. E já não há mais tempo para retaliações. Você morre sendo uma colagem de várias coisas que o mundo te acrescentou, mas sem descobrir qual era o plano de fundo desta obra de Arte, que já era perfeita antes de nascer.
Nossa natureza será então um eterno mistério...


By: Camilinha!! :)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

The Princess and the frog



"Once upon a time, in a land far away, a beautiful, independent, self-confident princess met a frog as she sat contemplating ecological issues on the shores of an unpolluted lake in a verdant plain near her castle.

The frog hopped into the Princess' lap and said: "Elegant Lady, I was once a handsome Prince, until an evil witch cast a spell upon me."

"One kiss from you, however, and I will turn back into the handsome, young Prince that I am and then, my sweet, we can marry and set up a home in my castle with my mother, where you can prepare my meals, clean my clothes, take care of my children, and forever feel grateful and happy doing so."

That night, eating dessert after fried frog legs seasoned in a white wine and onion cream sauce, she laughed to herself and thought:

I don't think so."


Este não é meu, e é até bem conhecido, mas toda vez que leio dou risada. It's perfect! ;)

domingo, 5 de junho de 2011

72 horas



Só alguns minutos mais,
Horas a mais,
Dias pra trás,
Meses que não voltam mais...

Só mais um ano ou dois ou três.
Talvez...
Quem sabe?

Só pra não ter que te ouvir dizer,
Eu mesmo digo que acabou.

De você o que ficou?
E de mim, o que restou?
...de mim?...

Só mais uma canção que me fez chorar...
Pra lembrar de quem se foi e não pretende voltar.
Só mais algumas lágrimas rolarão
Até o dia em que tudo terá fim
E eu sairei do chão.

Só mais uma ligação para ouvir sua voz
E diminuir a saudade que não me abandona,
A saudade que me cansa.
A saudade que bate no peito.
A saudade que me mata por dentro!
A saudade que não esquece de mim...

Só mais um tempo com a solidão,
Vendo a tristeza nos dias que passam
E a desesperança nos que ainda virão.

Só mais um dia para esquecer tudo
Do dia que passou,
Da canção que me fez chorar,
da saudade que me quis matar.


Só mais alguns anos:
Até eu me apaixonar por outro alguém,
Até eu esquecer o que passou,
Até de novo eu ser refém.
Até, e de novo, do mesmo amor
Eu sofrer...

Até que de tanta falta houver em mim
E de tanto amor tentar, sofrida
Eu me fizer de morta mesmo com vida
E tudo voltar ao normal...
E eu perceber que será sempre igual.


Se a solidão ainda me quiser,
Pudera eu, com ela ficar.
De paixões e companhias,
Ela, com certeza, é a que mais durará.


By: Camilinha

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Entrego


 
“ E só mesmo a solidão é testemunha da realidade; para minha defesa, meu amor; para minha condenação, esta saudade”

Quanta vida ainda sem você?
Se um dia mais que passa
É para mim como morrer?

Os meus passos acelerados,
Correm para o seu caminho
Largos, loucos e desesperados
Estão procurando por seu carinho.

A voz da razão
Que muito fala aos meus ouvidos
Tem falado pouco ao coração.

Fui longe demais
Para chegar até você,
Fiz o que pensei nem ser capaz.
Tudo para não te perder!

Mas não adiantou.
Cadê você agora?
Nem é tão pouco teu amor...
Nem é tão longa tua demora...

Fui parte sua
Você ainda aqui dentro.
Enquanto bate  no meu peito,
Vai e finge que está esquecendo.

Que eu fique cega,
Se não mais puder te ver.

Que nada eu pense,
Se tiver que te esquecer.

Que eu não mais ouça,
Se não for a tua voz.
Nem quero mais minhas mãos,
Sem as tuas, elas são tão sós...!

Não quero canções,
Se você não for a melodia.

Não quero mais tardes,
Se não puder ser meu dia.

E me diga meu amor:
Para que me serve um coração?
Se hei de te amar por toda a vida,
Entrego-te ele agora então...


By: Camilinha :)