terça-feira, 7 de junho de 2011

Nosso eterno mistério



Estranho como nó seres humanos, ainda não conseguimos responder a uma pequena, porém filosófica, pergunta: “Quem somos nós?”.  Quando esta pergunta surge, automaticamente podemos dizer nosso nome, nossa profissão, religião, não sei. Mas nada disso diz quem eu sou de verdade. Porque nada disso nasceu comigo. Foram coisas que surgiram depois. O que eu visto, o que eu como, os lugares que eu freqüento, os meus amigos, meus hábitos, dizem muito sobre mim, mas não dizem quem sou eu.
Todo mundo e todas as coisas ao meu redor, refletem um pouco da minha personalidade e eu, como fruto deste meio, também reflito aquilo que ele me oferece. E será que ainda assim eu continuo sendo eu, ou eu passo a ser igual aos outros “eus” que dividem este mesmo espaço comigo?
            Embora muito de nós seja parte da televisão, da revista, da música, do horóscopo (para quem acredita), dos livros, do trabalho e de tudo mais que compõe nossa vida, ainda acredito que a essência esteja bem guardada em nosso interior e se pararmos e esquecermos todas estas leis cotidianas conseguiremos perceber quem somos de verdade e a quê viemos.
Mas ninguém pode parar. Até que a morte chega de surpresa e no último instante seja preciso um tempo a mais para fazer coisas que ainda não foram feitas, falar com pessoas que há muito já se afastaram pela falta de tempo, conhecer pessoas novas, e viver um pouco mais. Neste ponto, pode-se ter descoberto a essência da vida, mas já é tarde demais para reproduzí-la para o restante da espécie humana. E já não há mais tempo para retaliações. Você morre sendo uma colagem de várias coisas que o mundo te acrescentou, mas sem descobrir qual era o plano de fundo desta obra de Arte, que já era perfeita antes de nascer.
Nossa natureza será então um eterno mistério...


By: Camilinha!! :)

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